sábado, 28 de fevereiro de 2015

O Chefe (o meu, o seu, o nosso...)

Posso me considerar uma profissional muito sortuda: Desde a época da faculdade já via meus orientadores como chefes, e sendo assim, pude experimentar diferentes tipos de liderança e comandos, e aprender com cada maneira de ser de cada um deles.

Sou o tipo de pessoa que gosta de ter um líder – sim! Aquela pessoa que consegue ganhar meu respeito e me fazer ser uma pessoa/profissional melhor. Gosto de sentir que alguém está no comando. Ao mesmo tempo acho que sou boa em comandar. Não sei… ultimamente os feedbacks têm sido bem positivos.

A pior coisa que pode acontecer com um profissional é se ver mal comandado, ou comandado por alguém a quem essa pessoa não respeita. E nem quer tentar respeitar.

Ultimamente tenho notado que “ganhar um chefe” parece ser o pior dos mundos pra um gerente. Mas por que tanto drama? Será que no Brasil é assim e eu nunca percebi?

Aqui é como uma sentença de morte profissional. Oh my God, ganhei um chefe!! E daí?? Será que esse chefe novo não vai te ajudar a ser um profissional melhor? Será que você não precisa desenvolver alguma nova habilidade? Será que isso não é um sinal de que você está no caminho errado da sua carreira e precisa de uma mudança drástica??

De qualquer maneira, o resultado é sempre positivo, percebe?

Estive com um casal de amigos empreendedores magníficos nas últimas semanas, e chegamos a conclusão de que uma empresa não é um ambiente para todos. Não mesmo! Tem que ser político SIM, tem que aprender a trabalhar com gente diferente, tem que fingir que tá amando aquela reunião… mas se fizer tudo isso com vontade, de coração, vai ser melhor pra você!

Tive um chefe a quem carinhosamente sempre chamei de “Chefe”. E quando eu estava brava com ele o chamava pelo nome. Era visível meu mal humor, e ele sabia. O fato é que o Chefe pausava por 5 minutos e me convidava pa um café, ou um McDonald’s, ou um Starbucks… e pagava uma guloseima pra “Pupila”, assim como um pai que ver o filho doentinho melhorando.

Sim, o Chefe era muito paternalista.

E isso às vezes era ruim, pois ele me deixava viver num mundinho cor-de-rosa em que nada dá errado e tudo é incrível (tipo a música do filme Lego).


Everything is awesomeee…

A primeira vez que eu tomei uma bronca do chefe do Chefe foi a coisa mais legal do mundo! Eu aprendi que fazia merda sim, que precisava melhorar nisso e naquilo outro, eu aprendi a olhar pro meu umbigo e correr atrás das minhas falhas.

Pois bem, com a ajuda do Chefe e meu desenvolvimento pessoal, cheguei onde estou hoje e não penso em parar por aqui… ainda preciso comer muito feijão!

O chefe novo eu não chamo de Chefe. O chamo pelo nome, e quando eu fico brava eu me resolvo sozinha, antes de resolver com ele.

A agora eu virei chefe… ou melhor, Chefa.

É assim que meu “Esbirro” me chama, e acho que é o maior respeito que posso ter dele. Eu o deixo muito livre pra tomar suas decisões, mas ele sabe que eu estarei ali no apoio se precisar. Ele está ganhando seu espaço e nada me alegra mais do que ver uma pessoa se desenvolvendo diante dos meus olhos, e sob a minha liderança.

E agora a pagadora do café sou eu. Ou às vezes de uma caña… ele merece!