sábado, 17 de dezembro de 2016

Quando o passado te persegue, mas você não sabe!

Esse vai ser um post esquisito pra um momento esquisito. Mas ele precisa existir, porque eu preciso jogar tudo isso pro alto e pra fora de mim.

Coisas que eu nem sabia que estavam aqui, escondidas, mas decidiram dar o ar da graça. E eu não estou achando graça... então... sai daqui!




Acho que quando eu me mudei pra Madrid eu esqueci da minha vida profissional passada. Ou pelo menos fingi que esqueci. Apesar de seguir na mesma empresa e ter verdadeira adoração pelo meu ex-chefe, e por alguns companheiros, minha vida era um real inferno.

Passei 6 anos e meio brigando muito com o espelho todas as manhãs, sem vontade de ir pro escritório e aguentar as pessoas que me rodeavam naquele momento. Vivia rodeada por um certo machismo de ser "uma menininha brincando de ser agrônoma", que "se acha, porque é da ESALQ" e coisas desse tom. Além de ter um problema sério no meio de uma situação de nepotismo dentro da empresa...




E por essas e outras me apelidaram carinhosamente de "Camilonça" - apelido do qual eu não tenho o mínimo de orgulho, porque no fim ninguém me dava a mínima mesmo!

No meio disso tudo eu tentava fugir dessa situação porque, como eu comentei antes, minha mãe me ensinou "que não criou sua filha pra isso". Então fui fazer cursos, pós-graduação, mestrado, Dale Carnegie, terapia... tudo pra tentar sair de lá. Mas nunca surgiu uma oportunidade melhor e atualmente acho que isso foi pura sorte, pois se eu tivesse saído eu não teria tido a oportunidade que tive e vivo nos últimos 3 anos!

Enquanto tempo passava e a minha paciência esgotava, a vida de Campinas passou a ser maravilhosa com amigos, bandas, shows, hamburguerías e gordices afins. E outro detalhe importante: eu amava meu trabalho diário! Adorava viajar, o contato com o pessoal da Internacional, e o fato do meu mundo ser o mundo inteiro. 



Isso não tinha salário nem cargo que pagasse... mas ainda assim era doído viver no limite do cheque especial e com a sensação de não ser reconhecida.

Como o Danilo sempre diz: tudo tem um porquê na vida!

Eu havia decidido terminar o mestrado do IAC e emendar um Doutorado na ESALQ, ou aceitar qualquer outro cargo que me oferecessem... fosse em Goiânia ou em Lucas do Rio Verde.

Mas tudo tem um porquê na vida!

Foi quando surgiu a vaga aqui... e o resto da história vocês já conhecem.

O que não conhecem, porque eu não contei, é o que eu tive que passar ou aguentar pra chegar até aqui. E muita gente não sabe mesmo, porque eu simplesmente matei e enterrei tudo isso, e resolvi não pensar mais no assunto.

Mas a vida, a vida é uma caixinha de surpresas... 



De repente um comentário num tom irônico me tocou no fundo da alma e parece que a Camilonça ressurgiu das profundezas do Universo... e eu entrei numa tristeza/angústia/estresse/sei-lá horrorosa. É um misto de nostalgia, com chateação, com orgulho,  é uma coisa estranha que me agarrou há umas 2 semanas e tá difícil de me largar.

Mas vai me largar... porque eu não sou mais aquela, minha vida não é mais aquilo, e se não fosse por tudo isso eu não seria o que EU SOU.

Assim que... mil desculpas pelo post "E o vento levou"...



Um beijo da Super Camila pra Camilonça... elas seriam ótimas amigas!

E uma musiquinha que eu me toquei hoje: Stop crying your heart out...


Hold up
Hold on
Don't be scared
You'll never change what's been and gone
May your smile shine on
Don't be scared
Your destiny may keep you warm

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