Tava aqui viajando na maionese e
pensando: queria escrever mais no blog.
Tenho uma lista de assuntos para
mante-lo ativo, com o objetivo inicial de “profissionalizar” os blogs de pessoas
que vivem fora do Brasil. Mas me pego ocupada diariamente ou sem o feeling para
tal atividade.
Daí, lá pelo terceiro fim de semana
consecutivo em que minha vontade é somente ficar de pernas pro ar, resolvo
pegar o computador e tentar escrever algo… enquanto tento atualizar a meleca do
OS do Blackberry…
Passei os últimos 45 dias viajando.
Seja por motivos profissionais ou pessoais, estive em várias cidades do México,
Portugal, pela própria Espanha, Bélgica e finalmente terminei no Egito.
Muitíssimas pessoas acreditam com
todas as suas forças que eu vivo numa vida glamourosa de Hotéis 5 estrelas ou passeios
turísticos. Eu tento explicar que não é assim… mas a ilusão de viver globo
trotando, que todos anseiam, é o que move a “invejinha branca” sentida ao meu
redor. Juro que não levo por mal.
Muitos não sabem que quando eu viajo
durmo uma média de 5 horas por noite, pois sou agrônoma, e os compromissos no
campo começam cedo. Também não sabem do calor de 47ºC no deserto. Não sabem do
medinho interno que eu sinto de viajar de avião. Das náuseas nos carros e das
estradas em perfeitas condições, sqn… Ah! E que hotéis se embananam, e cancelam
sua reserva quando se chega às 11h30 da noite, mas vai sair as 4h00 pro
aeroporto. Ou que fizeram o meu check-out e deram a chave do meu quarto, com as
minhas malas dentro para outra pessoa!! Que glamour hein?
No fim tudo vira história pra
contar, e sim, eu me sinto extremamente privilegiada em poder conhecer a
agricultura em diversos cantos do mundo. Sim, eu amo meu trabalho, e não, não
sou somente “sortuda” pra levar uma vida assim – eu tive que trabalhar para um
baraleo até chegar aqui ;)
Ora pois, este texto está se
desviando um pouco da minha idéia inicial. Eu ia falar um pouco sobre a solidão
de ser um expatriado.
Li um texto maravilhoso, que resume
bastante o que eu penso ultimamente. Então eu não preciso falar tanto, mas
deixo o link aqui embaixo:
A diferença é que “para minha sorte”
(e digo entre aspas porque é óbvio que construimos uma família e não somente
fomos sortudos), tenho o Dan e a Stelinha ao meu lado. Mas pra eles também não
é fácil ficar semanas sozinhos em um país que não é o deles. E me esperar
chegar no fim de semana, ultra destroçada, e com vontade de ficar espalhada no
sofá…
A questão é, que sair do país é
estar sozinho e ponto. Não tem amigos íntimos pra pedir ajuda na hora da
mudança, não tem mãe pra cuidar do resfriado, não tem pai pra pagar a conta do
cartão de crédito…
Os amigos vão e vem rápido… os
locais têm suas próprias vidas e os de fora buscam voltar para suas próprias
raízes. É isso que venho experimentando há 2 anos e estou aprendendo a viver
assim.
Na real, morro de saudade da vida
social entre Campinas e Piracicaba… e alguns feriados na Garça com a vó!
Ainda assim, aqui estamos, firmes e
fortes… e de verdade, felizes! Não se preocupem com o texto desabafo. As vezes é
necessário!
E do mais, venham nos visitar… seus
putos!! :P
Pra terminar menos melancólica, vai
uma forcinha da Greta!!
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