sábado, 6 de junho de 2015

Tell me if you wanna go home...

Tava aqui viajando na maionese e pensando: queria escrever mais no blog.

Tenho uma lista de assuntos para mante-lo ativo, com o objetivo inicial de “profissionalizar” os blogs de pessoas que vivem fora do Brasil. Mas me pego ocupada diariamente ou sem o feeling para tal atividade.

Daí, lá pelo terceiro fim de semana consecutivo em que minha vontade é somente ficar de pernas pro ar, resolvo pegar o computador e tentar escrever algo… enquanto tento atualizar a meleca do OS do Blackberry…

Passei os últimos 45 dias viajando. Seja por motivos profissionais ou pessoais, estive em várias cidades do México, Portugal, pela própria Espanha, Bélgica e finalmente terminei no Egito.

Muitíssimas pessoas acreditam com todas as suas forças que eu vivo numa vida glamourosa de Hotéis 5 estrelas ou passeios turísticos. Eu tento explicar que não é assim… mas a ilusão de viver globo trotando, que todos anseiam, é o que move a “invejinha branca” sentida ao meu redor. Juro que não levo por mal.

Muitos não sabem que quando eu viajo durmo uma média de 5 horas por noite, pois sou agrônoma, e os compromissos no campo começam cedo. Também não sabem do calor de 47ºC no deserto. Não sabem do medinho interno que eu sinto de viajar de avião. Das náuseas nos carros e das estradas em perfeitas condições, sqn… Ah! E que hotéis se embananam, e cancelam sua reserva quando se chega às 11h30 da noite, mas vai sair as 4h00 pro aeroporto. Ou que fizeram o meu check-out e deram a chave do meu quarto, com as minhas malas dentro para outra pessoa!! Que glamour hein?

No fim tudo vira história pra contar, e sim, eu me sinto extremamente privilegiada em poder conhecer a agricultura em diversos cantos do mundo. Sim, eu amo meu trabalho, e não, não sou somente “sortuda” pra levar uma vida assim – eu tive que trabalhar para um baraleo até chegar aqui ;)

Ora pois, este texto está se desviando um pouco da minha idéia inicial. Eu ia falar um pouco sobre a solidão de ser um expatriado.

Li um texto maravilhoso, que resume bastante o que eu penso ultimamente. Então eu não preciso falar tanto, mas deixo o link aqui embaixo:


A diferença é que “para minha sorte” (e digo entre aspas porque é óbvio que construimos uma família e não somente fomos sortudos), tenho o Dan e a Stelinha ao meu lado. Mas pra eles também não é fácil ficar semanas sozinhos em um país que não é o deles. E me esperar chegar no fim de semana, ultra destroçada, e com vontade de ficar espalhada no sofá…

A questão é, que sair do país é estar sozinho e ponto. Não tem amigos íntimos pra pedir ajuda na hora da mudança, não tem mãe pra cuidar do resfriado, não tem pai pra pagar a conta do cartão  de crédito…

Os amigos vão e vem rápido… os locais têm suas próprias vidas e os de fora buscam voltar para suas próprias raízes. É isso que venho experimentando há 2 anos e estou aprendendo a viver assim.

Na real, morro de saudade da vida social entre Campinas e Piracicaba… e alguns feriados na Garça com a vó!

Ainda assim, aqui estamos, firmes e fortes… e de verdade, felizes! Não se preocupem com o texto desabafo. As vezes é necessário!

E do mais, venham nos visitar… seus putos!! :P

Pra terminar menos melancólica, vai uma forcinha da Greta!!





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